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Chittorgarh-India

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

408> CAMINHOS DO CEU E DA TERRA


Antigas lembranças dos risos de crianças no quintal
Não retardou a celeridade dos nossos destinos
Arvores verdejantes e os bancos de concreto
E o sonho dos gêmeos retorna novamente
A beira do que será nossos túmulos
Tão solitários

Um pesar antigo
Anterior à infância
Silencioso e profundo
O mundo gira lentamente
Descolorido e embotado

Eu que jurei retornar e celebrar
Eu que via tudo tão rápido
Em um carrossel de décadas
O que era distante se aproximou
O que era próximo colapsou
Pois asas foram feitas para voar

Coroada foste na indiferença do mundo
Teu manto pálido e impenetrável
Reinando na dor dos teus segredos
Irrevelados
Caída no frio trono da solidão
Rarefação de todos os sentidos
Na fina chuva do tempo que não volta mais

A montaria aguarda e ainda há luz na estrada
Passos pesados nos pés de mármore
A terra se move abaixo de um céu fixo
Um lago reflete uma imagem distorcida
Em minha nevoa particular
Um encontro inimaginado
De um potencial não realizado
Com uma vibrante fome de vida.


Recife , 18 de Dezembro de 2013