Eram tantas salas escuras
Algumas pessoas bem conhecidas
Portas que levavam a portas
Mas sei como te encontrar
No canto frio de uma sala
Encolhida para a noite
E para a vida
E venho e trago calor
Eu vou levo tua cor
E já era hora de ir
Imperativa era tua queixa
Ele teria de desistir da queda
Um caminho entre dois mundos
Dessa vez não vi tua real face
Não tive teu real beijo
Minha mão agora sente a bainha
Da minha velha angelical espada
Vejo os olhos pesados de outono
Sem saber da vinda de um inverno
Pronto para cristalizar teu sangue
Esperei alem da hora de partir
E me fui em terrível negação
O céu derramado nos cabelos
Assim estava ela, intangível
Prisioneira de suas escolhas
Privando-se de conhecer o amor
Por acreditar que já o tinha
Parto para alem dos olhos como fora sugerido
Deixando um rastro de pureza que consumirá
Nossa casa de ladrilhos e tijolos aparentes...
Recife,22 de maio de 2009
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