ECOS

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Chittorgarh-India

sexta-feira, 16 de abril de 2010

47> A ESTRELA DO ABISMO



Onde tudo estava em trevas, me vi cego
Em instantes o chão colapsou sob meus pés
Frio, fétido e solitário era o tempo de La
Mais perto de um enorme distanciamento
A minha desolação foi o odor do abandono
Outra vez a pseudo-certeza da solidão

Andando em círculos de dor em dor
As luzes parecem longínquos fantasmas
E sempre aquelas memórias
Aquelas memórias
Desilusões nascem das ilusões que criamos
Cheguei a julgar-me aprisionado

E foi em um relâmpago preto e branco
Em uma melancólica noite de sexta-feira
Alguém perdido no tempo das brumas
O semblante elevado para ver acima
A brisa quente que cruzou mares gelados
Atirada de uma época perdida nos anos
Simplesmente muitíssimo especifico

E que se faça a luz
E que se faça um universo para ela reinar
E assim foi feito

E tudo foi selado em pura serenidade
Mas aquelas memória
Àquelas memórias

Perdoa-me se nesta vida ou em outra
Ofendi-te ou mesmo aos teus
Perdoa-me por teus atos absurdos
E me perdoa pela sombra da duvida
Por esse profundo mundo de Camus
E que eu possa ver meu farol outra vez
Brilhando como uma rosa branca
Ate onde nunca se soube,
Nem nunca se saberá...


Recife,16 de janeiro de 2010

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