domingo, 18 de julho de 2010
223> UMA MANHÃ DE INVERNO
Se todas as manhãs fossem como esta
Cheias de renovadora vitalidade implícita
As arvores se dobram felizmente ao vento
Folhas desprendem-se dando lugar a outras
Um manto seco recobre o chão úmido
Naquele estranho transporte vi a orla
Como uma fita estendida lentamente
Não temo mais a matilha raivosa
E afinal quem estava tocando violino?
Acordo mais cedo e a vida me espera
Observo o ventre daquela mulher
A natureza se espelha em um nascimento
Não deixe seus sonhos mais ternos
Acabarem em uma noite escura
Tantas perguntas e poucas respostas
E tantas respostas para uma só pergunta
Assim seguimos e assim sempre seremos
Sombras dançantes de arvores no inverno
Poeiras varridas nos campos de verão
Recife,18 de julho de 2010
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