Pensamos não precisar um do outro
Mãos dadas com o novo destino
Fingimos ser tão adultos
Ao ponto de nem falar de amor
No ultimo ato não esperamos aplausos
No tato estamos vendados
Em qualquer lugar na terra
Ainda há tempo para um sorriso
Uma singela reverencia no olhar
E aqueles que deixamos para trás
Na marcha de destinos distintos
Pedaços de nós mesmo que se vão
O coração bate aqueles nomes
Em qualquer lugar que formos
A sombra que deixa a terra
Exatamente com sol poente
O corpo que deixa a alma
Precisamente com a noite
A dor egoísta dos que ficaram
Une os seres como um só
Em qualquer lugar além
Recife,7 de julho de 2010
Reflexões sobre o significado da morte no nosso tempo
quarta-feira, 7 de julho de 2010
214> SEGUNDO ANDAR
Uma cadeira no segundo andar em ruínas
Só o facho de luar e minha sombra
A varanda e seu grande arco dourado
Limite entre o lúdico e o urbano
Podia ver o lugar dos que já se foram
Conclusões e novas definições
Algumas emoções
Noite a fora com os enfermos
De corpo e os de alma também
Assistindo o final de vários filmes
Alguém atravessa a porta
Sei que tenho de entrar
Para assisti-los sair
Por outra porta bem diferente
Mas com o mesmo destino
Recife,7 de julho de 2010
No segundo andar em reforma esta a UTI do H. Maria Lucinda, palco do "fim de varios filmes" mas os personagens permanecem ... ao menos na minha mémoria assim como eu na deles ...
213> MONÇÕES DO NOSSO TEMPO
Olho para trás, mas o passado estava à frente
As sinuosidades sempre serão quase iguais
Espatifado após o grande encontro consigo
Usando o falho tato ao caminhar no escuro
Embriagados em lembranças inexistentes...
Procurou pelo filho, mas ainda era filho
Chorava barganhando sínicos sorrisos
Sempre o equilibrista de mundos fictícios
Mas já era tarde e chuva se aproxima
Entre e venha aquecer nossa dor
E se eu mantivesse a esperança,
Vendo a luz abandonar minha janela?
Mas o sol nem sempre vem no verão
E como um desprevenido na rua
Sou tomado por aqueles ventos
Com a alma varrida e solitária
Nu em pensamentos e idéias
Não me entregarei mais uma vez
Vendo os acontecimentos do meu tempo
Prefiro a chuva em minha face
Recife,7 de julho de 2010 (conclusão)
Tambem postado na Fabrica de Letras
As sinuosidades sempre serão quase iguais
Espatifado após o grande encontro consigo
Usando o falho tato ao caminhar no escuro
Embriagados em lembranças inexistentes...
Procurou pelo filho, mas ainda era filho
Chorava barganhando sínicos sorrisos
Sempre o equilibrista de mundos fictícios
Mas já era tarde e chuva se aproxima
Entre e venha aquecer nossa dor
E se eu mantivesse a esperança,
Vendo a luz abandonar minha janela?
Mas o sol nem sempre vem no verão
E como um desprevenido na rua
Sou tomado por aqueles ventos
Com a alma varrida e solitária
Nu em pensamentos e idéias
Não me entregarei mais uma vez
Vendo os acontecimentos do meu tempo
Prefiro a chuva em minha face
Recife,7 de julho de 2010 (conclusão)
Tambem postado na Fabrica de Letras
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