quarta-feira, 13 de outubro de 2010
265> EU, DÉDALO
Da chama de Prometeu ninguém se recorda
O fogo divino a muito perdido na memória
A ação e o verbo pesados como este mundo
Terrível tendência estática dessas vibrações
Cobiçada colméia cheia de mel e de ferrões
Outros nascem para somente viver
Muito alem do nascer e do morrer
A aldeia nos sonhos de Kurosawa
A Melina viva nos meus sonhos
A esperança na caixa de Pandora
Nessas leis o giro do spin importa
O jogo de luz e sombra faz o ocaso
Mas no tabuleiro nada é por acaso
Toda retina sabe a luz que suporta
Cercado dos melancólicos efeitos do saber
Encurralado entre uma imperfeita dialética
Enamorado por pensamentos não polarizados
Enraizado a algumas das mais antigas crenças
Se soubessem como o conhecer pode libertar
Saberiam que sempre é melhor saber
Pastoreando energias no campo unificado
Construindo um mundo reflexo no pensamento
Onde o pequeno reflete o maior
E o maior nada é mais do que pequenos
Saber sem ver é saber sentindo
Nem todas as aves podem voar
E nem todos os animais são aves
Felizes serão quando acreditarem
Que não somos como as aves
Mas um dia todos voaremos
Gravatá-Pe,12 de outubro de 2010
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Andrea Pisano sec XIV
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