Por que a chuva insiste em cantar aos meus ouvidos ?
Sua voz eólica sopra pequenos mundos em gotículas
Quase me perco em tantos sentidos trazidos de fora
O clarão precede o estrondo como um aviso prévio
O medo de morrer e de renascer sem ver os sinais
Sabe aquele frio que percorre a frágil carne jovem ?
Por vezes podem vir e riem-se de nossos temores
Vão enchendo o ar de uma nostalgia elétrica e telúrica
Cada vez que abro as janelas do meu próprio refugio ...
Seus filhos emanam do solo primeiro com seu aroma
Invadem o ciclo gerador que tornou-se em vida
A lembrança tão imaculada das eras mais remotas
Então o calor de outra mão me torna ao mundo visível
Como um samurai que reverencia seu único senhor
Meu elo incorruptível com o outro ver das coisas...
E quem habita na chuva, na areia, na neve e no tempo ?
E quando poderei ve-los novamente cingindo o espaço ?
E para minha jornada um vasto e incessante mundo novo .
Recife,4 de agosto de 2009
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