quinta-feira, 21 de julho de 2011
329> A MENTE QUE NOS CLAMA
Todo amor que voava nos dias de julho
Deixava no mar seus devotos
Onde a areia se enamora da espuma
Loucos uniam-se em uma linha mântrica
O ar entre o grão e a gota
O silencio entre o som das ondas
Eis o meu segredo
No jogo da vitrine me foi dito:
Deixe uma coisa sua realizar a de outrem
Não estranhe o peso da gangorra gigante
E seja direto e sincero com o vigilante
Uma segunda voz feminina agora vibra
Como um sussurro nos ouvidos da alma
Pois minhas divindades são naturais
Como haveriam de ser
Imerso na corrente horizontal de prana
Submerso no espaço tri-partido do céu
Vibrando ecos da mente que nos clama
Estático nas limitações do grande véu
Toda dor do meu lugar na criação
Mas nós só precisamos caminhar
E contemplar os matizes de luz e sombra
Pois eles em si resumem tudo
Recife,21 de Julho de 2011
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