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terça-feira, 4 de maio de 2010

67> ORFANATO DE SONHOS

É uma pena quando acordo
Meu lado direito completamente vazio
Meu lado esquerdo o clarão do dia
A mente rebusca as memórias da noite

Escuto o som que faz pensar
Vejo a velocidade da manhã
Comprimento meu psiquismo
Tento afastar todo meu pesar

Sempre encontro um motivo
Um pequeno fato-evento
Ligado a um momento contigo
O mundo diferente que apresento

Por tudo que a vida deixará
Agora uma imposição histórica
Esta poesia o livro não citará
Outrora uma evolução heróica

Aparento não ter mais assunto
De fato não para os surdos
Procuro uma nova definição
E encontro um orfanato de sonhos


Recife, 19 de maio de 2009

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