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Chittorgarh-India

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

285> A INCERTEZA TRÊMULA



Algo que chega antes da exaustão da mente
Algo que toma as fibras e arrebata a alma
Na mais remota planície restou a contemplação
Típica dos possuidores do lápis da historia
Vertendo alegremente o próprio sangue
Quem virá agora definitivamente nos libertar
Da incerteza trêmula que nos levou a tombar

Alguns séculos depois as lagrimam ainda caem
Singelo pesar soprado pelas vozes do vento
Implícito entre a beleza delicada das flores
E a aspereza da sucessão dos duros invernos

O leque estendido dos mais humanos sentimentos
A minha solidão é filha de uma separação
Que se passou antes mesmo do nascer
E a vida fez-se um outono ainda sem frutos

Vejo candeias no meu tão único caminho
Fora dele memórias e faces desfocadas
Pelos anos no escuro labirinto
As velas delineiam a sombra dos lobos
Vitimando os que os fazem existir
Pois ao castelo escolheram o covil...
E que não seja o dragão o meu guia.


Recife,11 de Janeiro de 2011
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Também postado na Fabrica de Letras

5 comentários:

  1. Muito bom o texto.
    ola!
    Venha conhecer qual foi a minha verdadeira loucura.
    http://sandrarandrade7.blogspot.com/2011/02/coletiva-loucura.html
    vou te esperar na interação de amigos.

    PODEMOS COMETER AS MAIS DIVERSAS LOUCURAS...
    Carinhosamente,
    sandra

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  2. Bela participação!

    Grande abraço renovado!

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  3. Parabéns pela insiração!abçs e muita paz.

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  4. cara que poesia é essa bicho, nunca vi nada igual,uma mistura de alváro de campos, Sartre e rimbaud, talvez........sei....... lá muita boa. em o " leque estendido dos mais humanos sentimentos" "As velas delineiam a sombra dos lobos
    Vitimando os que os fazem existir" RONISON COMO SEMPRE SUPREENDE, BACANA.

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