terça-feira, 30 de novembro de 2010
281> MÃE DE TODAS AS MANHÃS
Às vezes o céu se confunde com o mar
O que é primavera e o que é verão?
Palavras guardadas para nunca falar
Jardins que só existem na emoção
Mesmo que seja eu o único a sonhar
Cães ainda podem morder no andar a baixo
Não era meu aquele sangue na parede
Muitos hertz acima tudo brilhava
Meu pai onde estão tuas espadas?
Só assim poderei me aproximar
Corações impetrificaveis aos meus olhos
Tragam a tona as mais belas memórias
Mãe de todas as manhãs venha me cobrir
Sorrindo não temerei e usarei sua mortalha
Igual ao sol dourado que varre esse vale
Nome escrito na areia
Sangue proscrito na veia
Assim observo os caminhos
E quando me sinto sozinho
Acendo as luzes
Recife, Uma manhã de novembro de 2010
Também postado na Fabrica de Letras
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