ECOS

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Chittorgarh-India

sábado, 7 de maio de 2011

313> A FONTE


Umas vezes ameno outras não
Assim é o som do céu
Assim é o brilho das estrelas
Brilhantes símbolos e brasões
Protetorado dos sonhos

Das antigas paisagens terrenas
Só pedras restaram
Historias e fabulas soterradas
Sob os pés dos herdeiros
Sob o mar tão perfeito

Botões de rosas nos nossos olhos
Correnteza indomada em nossas veias
Caldeirão de desejos e porções de esperança
Alimentam a alma no deserto da vida
O fogo intocável de uma promessa

Olhar nos olhos dizia Lao-Tsé
Penetrar o impenetrável
Permear o impermeável
Ver arder a chama transformadora
Onde toda criação se consuma


Recife,7 de Maio de 2011

312> ANJOS DE PEDRA


Como poderei ignorar aquelas manhãs
Dias tão frios, intangíveis e distantes
Escarpadas montanhas de tristeza criadas
Onde os rios felizes não correm mais
Ao encontro da linha norte do oceano
Estagnam nas não confiáveis águas deste lago

Um anjo dissera-me para dar-te um colar
Sempre manter em guardá-la com zelo
E segui em silencio seus passos
Ate o exílio que enviaste teu coração
Proibiste-te do contato com o mundo
Afastada do verdadeiro amor, te vejo cair
Justamente onde me levantei por ti

Estranho como somos intensos
Eu fazia a melhor parte de você vibrar
Cheia de esperanças em um dia de outono
Por breve tempo a senhora da felicidade
Ate voltar a purgar teu imenso pecado
E a face pesar como anjos de pedra
Dias e noites chorando no vento


Recife, concluido dia 7 de Maio de 2011
Mas bem mais antigo...