quarta-feira, 17 de novembro de 2010
277> DIÁRIO DE UM CRUZADO
Um único olhar e o caminhar em silencio físico
Os últimos raios da manhã partem rumo ao oriente
Sobe e desce angular na ponta do astrolábio Mouro
A vaidade embriaga como o forte odor de gengibre
Sonhos com distantes e exóticos rostos
O que dirão nos seculos que virão
Nada do que foi escrito foi sentido
Nada do que foi omitido foi perdido
Arabescos brilhavam na escuridão
Lua crescente de todos os cavaleiros
Falavam com os seres do vento
Rezando como se fosse o ultimo luar
Uma criança chorava noite a fora
Uma distração indevida a meia noite
Transportado por lembranças ao lar
Seus olhos equilibravam-se nas orbitas
Quem escolhe quem deve sobreviver?
Quem deve caminhar entre cadáveres?
Decidir pelo que já foi a muito decidido
Através da penumbra a salvo na proa
Sem encontrar as respostas das perguntas nunca feitas
No reino prometido nada foi prometido por deus
De volta as sombras sem nunca ter visto as luzes
Cruzes de fogo nas marcas de nossas almas em pânico
Recife, 17 de novembro de 2010
Também postado na Fabrica de Letras
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