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Chittorgarh-India

sexta-feira, 11 de junho de 2010

195> CAVALEIRO DA ESTRADA SEM FIM



Observando atentamente as historias incontadas
Vejo todo um universo em uma fugaz bolha
Muros circulares como cercas vivas francesas
Decifráveis apenas pela altitude na perspectiva

Alguns sonhos são tão coletivos e repetitivos
Alguns são tão furtivos e singulares
Mas na totalidade rabiscos e ensaios poéticos
Retocam a pintura dourada das nossas vidas

Antes de adormecer alguém cerra os olhos
Mas a realidade continua desesperadamente
Agora apaguem as luzes e deixem a musica
Verei o céu explodir o telhado limitante

Muito já foi dito sobre a solidão que nos cerca
Algo pueril como o medo do escuro e da noite
Algo pueril que cria cruzes sem respostas
Maniqueísmo impõe uma felicidade coletiva

Posso sentir a organicidade das obvias reações
A mente dança entre os variados sentimentos
Vejo módulos que se movem de pessoa a pessoa
Depois escutar aquelas femininas vozes na noite

Quando possível é melhor sorrir e nunca mentir
Resgatando a ancestralidade das experiências
Atravessar a negra noite de olhos fechado
Exercer o direito divino a ter outros sentidos

Do alto da cela de veludo a passo de galope
O horizonte é mais distante e o mundo mais rápido
Do amanhecer da minha alma a passos lentos
O mundo é mais simples e a vida mais bela


Cavalgadas atravez das diversas "noites" ...
Recife,11 de maio de 2010

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