segunda-feira, 28 de novembro de 2011
351> TERRA IMATERIAL
Quando venho me alimentar da tarde
A luz tremula entre o sol e os galhos
Cortinando minhas memorias vividas
E me perdendo em mim fecho os olhos
Memorias
Aquelas memorias
Nunca soube as razoes da espera solitária
Sempre houve algo estranhamente obvio
O lado mais frio do barco da aurora
Muitos se perderam na nevoa das marés
Dias e noites a sós
As criações tomam forma em minha mente
Bastou os sinos tocarem ao longe
Os cavalos correrem os campos
E o suor de uma manhã de março tocar o solo
Da minha imaterial terra sem fim
Gravatá, 26 de Novembro de 2011
350> UMA CANÇÃO DE NINAR
Repousa no leito de minha vida
Atila não te viu e ainda temos leite
Já ergui as cercas da capitania
O falcão será meus olhos e garras
A noite teu cobertor e lua tua luz
Cresça vendo o ouro do milho
O vermelho do sangue dos teus
O branco dos montes no inverno
O colorido nas roupas no varal
Nos olhos azuis de tua bela mãe
Tudo passou e tudo passa
A criança nem é mais criança
Os cães não latem mais
Minha vida tua vida
Cinzas que o vento soprou
Gravatá,26 de Novembro de 2011
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