Os dias caiam como estrelas cadentes
Os anos saltavam , tão vorazes
Os círculos se fechavam e ruíam
Nunca acreditei na fatalidade do tempo
Ate dizer adeus
Não espero mais o amanhecer para dormir
Estou sempre onde sempre estive
Dormindo do outro lado
Tecendo os anos
Tentando
A realidade escapa aos sentidos
A vida , aquela vida ...
Doces promessas dissolvidas no terrivel crescer
Escuro , solitário , confuso , não , não ...
Em mim , em você
Lembra aquela manha ensolarada ,
No corredor de paredes brilhantes ,
Onde toda dor desaparecia ?
Agora aponto para o céu
Na cidade de dois habitantes
Você viu ?
Esta tarde para voltar para casa
Seja qual for a morada
Nem mais um beijo ? Eu ouvi ...
Sussurrado , rouco , desesperado ...
Caído lembrei que de fato nunca ouvi
Você dizer adeus ...
Recife, 4 de dezembro de 2008
Considero uma das mais belas expressões de uma saudade imensa, cheia de figuras unicas como : cidade de dois habitantes = Salvador , corredor das paredes brilhantes = corredor de entrada da emergencia do Hosp. Luis Eduardo Magalhães em Porto Seguro.
E a esperança sempre presente apesar das adversidades !
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Adorei esse!Mt bonito.
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