sexta-feira, 26 de novembro de 2010
279> CASTELO DOS VENTOS BRANCOS
Em sonho bem acima do quinto céu
Vejo o castelo dos ventos brancos
Quase imperceptível entre as nuvens
Silhuetas enevoadas nos portões
Torres espiraladas de puro cristal
Sinos e as perfeitas oitavas musicais
No mirante de formas quase femininas
Passagem visual para a terra dos bosques
Varias realidades abaixo dos cirros
Era o mesmo que soprava na casa vazia
Era o mesmo que ligava os dois mundos
Cheios de odores das flores que se foram
Com as frias noites nos cobertores alados
Eles não possuíam nenhum dono
Sua senhora partiu na ultima primavera
Deixando apenas uma pintura na parede
A alva Iris dos campos a tudo recobre
Seu mortal hálito gélido sela o ciclo
Hora de guardar todas as sementes
Olhos levemente mais quentes que o ar
Pairam no retrato agora fora de esquadro
Único vislumbre do refugio distante
Única passagem para seu novo castelo
Onde o retorno é agora uma promessa
Recife,26 de novembro de 2010
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