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Chittorgarh-India

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

238> NO MEIO DO MEIO



E como fui longe com aquelas palavras
Um assovio cruzava o tempo de outrora
Busco quem sou e qual é o meu mistério
Se vejo aquela senhora das águas
Com uma criança e um porquinho da índia
E os Elementais do Ar parecem me falar

Alguns zombam e conspiram dos dois lados
Mal sabem que se perderam no meio do meio
Trovões e relâmpagos algo ameaçadores
Quem ceifara as ultimas colheitas?

A noite na terra cai depressa
Não tão depressa quanto caem os homens
A manhã urge em ergue-se
Assim como as almas excelsas
Entre a dança das horas baila a vida
Entre a vida só existe mais vida

Voltei e o mundo se privava da luz
Voltando suas peçonhas aos incautos
Mas os exemplos foram dados e expostos
Quanto mais me tiram mais ganho
Obrigado por oferecerem-me a dor
Obrigado por ofertarem-me ao criador

Bem alem desse manto de carne
Estão minha espada e minha capa
Assim como meus fieis depositários
Olho para nuvens que encobrem a lua
Mas sei que ela continua La
Assim como as estrelas
Um dia novamente cavalgarei os céus
Pois a vida é um sopro...


Recife,20 de agosto de 2010
Dedicado ao nobre Cavaleiro da Lei Agnaldo Silva
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Também postado na Fabrica de Letras

Um comentário:

  1. quanto mais profundas as palavras,
    tanto mais à pele o viés da alma.

    Gostei muito do poema; gostei de ter lido "Recife", tão próximo...

    Abraço.
    Ricardo

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