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Chittorgarh-India

terça-feira, 31 de agosto de 2010

245> APRENDENDO A VOAR

Do alto podia-se ver a linha do continente
Separando o marrom do azul cristalino
O litoral recortado por varias enseadas
À direita a ilha da base de todas as armas
Voando na asa esquerda daquele pássaro
Inúmeras vezes decemos para socorrer
Tive medo de não mais voar ou da queda

Revejo a dama do manto lilás e o jardim
Desejo o assento ao lado de suas flores
Pois um pai espera muito de seu filho
E tudo que se semeia há de ser colhido
De cima vi suas espadas cruzadas
De baixo vi suas estrelas
Deixe o saber inundar meu ser

Nas praias colhi vidas errantes
Os mortos devolvi as ondas
Na areia colhi puros cristais
Se me perdi foi para me encontrar
Se me encontrei foi para honrar
A grande aquarela que não se podia tocar
Mas que se estende além do nosso olhar


Recife,31 de agosto de 2010

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