sexta-feira, 1 de outubro de 2010
259> NOITE, INEQUIVOCA NOITE
O ar umedecido embriagava as luzes dos postes
Como são mágicos os suspiros da madrugada
O encanto do mistério que se torna visível
Fadas da água dissolvidas em sutis nevoas
Nas estradas vazias da colina do passado
A noite faz valer seu direito ao silencio
Apenas os insetos discordavam
E na quietude muitas vidas passavam
Fagulhas intermitentes no campo unificado
Onde um sabia do outro em qualquer lugar
Desafiadores como aquele canto cigano
Sublimes como aquelas fervorosas preces
Assim girava a moeda da noite no tempo
A coroa da regeneração iluminada do alto
Ou cara da destruição orquestrada a baixo
Horas inundadas de liberdades proibidas
Assim era a projeção humana da noite
Na sua calada ou nos sonhos vividos
E no mais belo dos sonos eu dormirei
E na mais bela das vidas eu sonharei
Gravatá,primeiro de outubro de 2010
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