Morgana
Apressadamente veio do leste
No ultimo rodopio do vento
Em seu tapete escarlate
A areia despejada em jatos na face
Não impediria a visão de seu sorriso
Eram flautas ou outra miragem sonora
Gerou frio epigástrico no tórrido calor
Agora coberto pelo manto da noite
Preto e prata
O Senhor das areias
A força do seu elemento aqui presente
A inconfundível caravana nas dunas
Mesclando os vários tons dourados
Às vezes ele olhava para o alto
Instintivamente sabia que era observado
A pele em brasa os olhos em fogo
Movendo-se sempre e a todo o momento
Dentro do visível reino do dia
Vermelho e amarelo
O ar e a terra em complô magistral
Fugiram do fogo que traiu a água
Pois no deserto estariam sempre unidos
Sem se tocarem e pouco se vendo
Mas sentindo-se plenamente
Completando-se no éter
Recife,10 de janeiro de 2010
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