sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
353> LUZ DA QUARTA ESQUINA
Remando o sutil vapor etéreo da manhã
De joelhos rezando para todos os santos
Uma gota de orvalho escorrega e despenca
Ao tocar o chão vibram os quatro cantos
Severo legionário a tudo observa
Sereno solitário a nada teme
Tudo passa, mas nem tudo por aqui
Descrentes secos de dentro para fora
Acreditam que acreditam
Mas a fé só chega ate a boca
Como cegos guiando cegos
Precipitam-se nos seus vazios
Vi uma vela em uma esquina
Onde todos se riam
Mas aquela era a única luz da rua
Mas aquela era a única rua nua
Pura e além de sua pureza
Só carne crua
No auge dos meus agudos delírios
Bandeiras ao sabor do vento
Cobertas com a poeira do nosso tempo
Relíquias preservadas
No úmido deserto do saber
Revolução que se enche de desígnios
Chega da forma que nada forma
Quem tem sete espadas sabe usa-las
Chamado que não pode ser ignorado
Como um raio as portas se abrem
Passos que não podem ser ouvidos
Pois o destino é um corte de lâmina fria
Recife,21 de Dezembro de 2011
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