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Chittorgarh-India

segunda-feira, 7 de junho de 2010

180> OS ULTIMOS DIAS *

Nos meus últimos dias de vida percebo
O pássaro atravessa a rua como sempre o fez
Em um majestoso vôo na pequena distância
Vejo seres que lamentam e evitam a travessia
Um sol que espectrava entra a luz e o calor
Formas que espectravam entre o medo e a dor
E sorri sozinho sobre tanto maniqueísmo
Os milhões de tons de cinza eram ignorados
Perdidos no poder visual do preto e do branco
E quem é totalmente mau?
E quem é totalmente bom?

Às vezes vejo paredes feitas de sonhos
E às vezes podia ate voar
Muitas vezes cai
Algumas vezes sorri
Mas todas às vezes estive sempre ali
E nenhuma vez perdi
A vontade de voar

O que restou e o que ficou afinal?
Quem serão aqueles no funeral?
E os reais motivos dessa aventura
Todos os choros e gargalhadas
Todos os sonhos e desilusões
Despertaram um gigante que dormia
Então o velho descama e muta
Assim saberei que nada é em vão
Que não foram lagrimas na chuva...


Recife 27 de janeiro de 2010

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