ECOS

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Chittorgarh-India

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

242> NA MAIS NEGRA DAS NOITES

Decerto que não esperávamos a feroz reação
As hordas iam materializando-se de uma só vez
A mente iludida e perturbada quase me fazia esquecer
O que se tinha a perder e o que se tinha a ganhar
Gritos dos seres alados e as garras da noite
Sob a crosta um ar sufocava os menos densos
Se agrupem meus leais ainda não tombados

O inimigo multiplicava-se exponencialmente
Seus portões abertos vomitavam seus espectros
Não estamos dispostos a perder o que conseguimos
Não sem antes fazer valer caro nossas gargantas
E se o fazíamos, o fazíamos puramente por amor
Ate o terror ameaçar dividir o que pensei indivisível
Senti o peso dos olhos dos meus fieis quase no fim

Ergam suas espadas agora como uma só
E tudo se rasgou como se o tempo não existisse
Então pude ver o céu e uma coroa estrelada
De joelhos, petrificado em quase desorientação
Nas lagrimas caídas vi um reflexo luminoso
Mas como aquilo se processaria naquele inferno
Enfim os sinais descem do alto, hora de lutar

Pela fé nos lutamos e pelo amor venceremos
As ultimas lanças foram partidas com seus mestres
Por ultimo o clarão que nos cegou a todos
De volta à escuridão fria só o silencio reinava
Só um portão de cristal aguardava seus servidores
Cruzamos trazendo juras de vingança das gárgulas
Mas se por amor fizemos, por amor faremos


Recife,26 de agosto de 2010
Fezei por amor e serás guiado ...

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