Os reis das mais longínquas nuvens
Seus desejos flutuavam noite a fora
Contavam historias perdidas na vastidão
Perto dali como uma aparição
Um manto negro aveludado
A bainha da espada e o elmo de bronze
Olhos de puro rubi saltavam a nevoa
O ar saturado de saudade
O espírito cheio de vontade
Observava o cavaleiro no vale abaixo
Cavalgando a noite e o coração
A rosa branca indicava o caminho
A rosa branca refletia o luar
O aroma de carvalho e o sabor do sal
Suor e relva unidos ate o céu tombar
Algo estava em suas mãos
Alheio aos poderes que o espreitavam
É claro que ele não olhava para trás
É claro que era quase meia noite
A escuridão camuflava as sombras
Nos encontraremos na próxima encruzilhada
Elas diziam ao mesmo vento norte
Um imenso corcel negro surge
Rasgando em ondas sonoras o ar
Rasgando o plasma das nuvens
Uma espada flamejante no alto da colina
Cortava o espaço entre os dois mundos
Uma a uma as sombras submergiram
Seladas com o lótus real
O cavaleiro na estrada cego em determinação
Ignorava o mundo dentro do mundo
Tudo transcorreu conforme a realeza
O reinado oculto governa
E sempre governará..
Recife(astral),3 de fevereiro de 2010
Também postado na Fabrica de Letras
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Gostei do poema.
ResponderExcluirBonito poema...
ResponderExcluirLindo poema!beijos,chica
ResponderExcluirVera, Potic e Chica agradeço os comentarios... Fiz este ai com uma conotação mística bem implícita e meio épica ! Bjos a todas .
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