Antigas lembranças dos
risos de crianças no quintal
Não retardou a celeridade
dos nossos destinos
Arvores verdejantes e os
bancos de concreto
E o sonho dos gêmeos retorna
novamente
A beira do que será nossos
túmulos
Tão solitários
Um pesar antigo
Anterior à infância
Silencioso e profundo
O mundo gira lentamente
Descolorido e embotado
Eu que jurei retornar e
celebrar
Eu que via tudo tão rápido
Em um carrossel de décadas
O que era distante se
aproximou
O que era próximo colapsou
Pois asas foram feitas
para voar
Coroada foste na
indiferença do mundo
Teu manto pálido e impenetrável
Reinando na dor dos teus
segredos
Irrevelados
Caída no frio trono da
solidão
Rarefação de todos os
sentidos
Na fina chuva do tempo que
não volta mais
A montaria aguarda e ainda
há luz na estrada
Passos pesados nos pés de mármore
A terra se move abaixo de
um céu fixo
Um lago reflete uma imagem
distorcida
Em minha nevoa particular
Um encontro inimaginado
De um potencial não realizado
Com uma vibrante fome de
vida.
Recife , 18 de Dezembro de 2013
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