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Chittorgarh-India

segunda-feira, 7 de junho de 2010

178> INFINITO CAMINHO DA ALMA




O vento soprava macio e continuo quase sussurrando
Murmúrios e lamentos que já não importam mais
Seu frio não mais congela meu coração
Sua força não mais assola meu espírito
A memória daqueles deturpados anos enferruja
Oxidando tudo que agora vive no passado
Imantando tudo que agora chamo de presente
E cada vez mais coeso ante ao iminente futuro

Vozes, faces, imagens, sonhos agonizavam
Num ultimo esforço de manter seus feudos
Como os últimos suspiros de alguém que jaz
Eram desligados um a um das ativas sinapses
O peito vazio como uma taça agora límpida
Refletido os momentos impregnados no livro
Um dia isso tudo fez tanto sentido, e por anos!
Como se o tempo de fato importasse
Como se eu soubesse o que é o hoje...

Do alto dos alicerces que eu mesmo construí
Vislumbro o próximo vale a próxima jornada
Alem dos escombros descartados do meu ser
Difícil entender o que não se precisa entender
Certas leis são mesmo imutáveis e isso basta
O universo apontava os rumos nas estrelas
Aquela maravilhosa dança dinâmica dos astros
Sempre aguardando um novo dançarino
Dar os primeiros passos rumo ao infinito


Recife,13 de janeiro de 2010
Também postado na Fabrica de Letras

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