domingo, 5 de setembro de 2010
248> AS AFIADAS LÂMINAS DA INFÂMIA
Só falei após aquelas infames palavras
Sem me importar se estaria atrasado
Nem todos podem encarar a razão
Tombados nas suas próprias misérias
Afogados nas suas próprias desculpas
Veículos inconscientes dos alheios
Mas disso eu bem sabia
Por ultimo a graça de estar amparado
Se meu retorno foi a muito preparado
Desci e subi novamente
Antes perdi minha luz naqueles vales
A razão escorreu entre minhas mãos
Não me perderei novamente
Nas mesmas prisões de meus amigos
Meus mistérios são meus
Ate o meu retorno
Adormeço e vejo tudo que tenho
E percebo o quanto o invisível é visível
E para onde vão meus sorrisos puros
Sofro meu pesar com olhos de rubi
Pelo que se foi nas areis do tempo
Que leva fresco e trás seco
Mas existem coisas incompreendidas
Veladas ate o fim
E nelas o maior propósito
Recife,5 de setembro de 2010
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