Exausto nas margens do caminho espinhoso
Mil razões para continuar e nenhuma força
Exaurido pela gravidade e pelos maremotos
Duas borboletas de cores branca com azul claro
Apresentam-se orbitando meu corpo pesado
Escuto uma inspiração profunda e nada vejo
Apenas sinto o mesmo perfume de jasmim
Eles diziam que chegaria o tempo de sorrir
Cantavam os sons do sagrado Ganges
Entorpeciam a mente com as coisas do alto
Vivificavam o corpo com a força do touro
Se espírito voa a carne corre
E como corri noite após noite
Palma, gritos, tambores, vozes, vozes
Comum e especial era só questão de escala
Como célula e corpo, átomo e universo
Com pureza se percebia o tudo no tudo
Só se viu neblina após Maya criar o tempo
Só serviu para contemplar obras perecíveis
Já nem me lembro onde estava antes
E quem sabe o que é antes e o que é depois
Recife,17 de setembro de 2010
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