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Chittorgarh-India

segunda-feira, 31 de maio de 2010

145> OS DOIS PODERES

A luz enfim rompeu uma longa treva
Um beijo que paralisou os malévolos
Cavaleiros rompem o rio das duas cidades
Onze níveis acima os sentidos em mim
Usando o olhar da mais bela de outubro
Congelaram meus ímpetos corrompidos
Causando terror nos tais sombras

Depois da explosão, o doloroso exílio
Fomos entregues a nos mesmos
Um campo de força isolava o resto
Eu não podia fugir de mim mesmo
Mas o vento trazia os teus fluidos
Atirava-me de joelhos ante as memórias
Agora vejo a obra dos engenheiros alados

A dor e solidão sentida naquelas noites
As capitais tão perto e tão distantes
Ascendeu o fogo e este a tudo transforma
Mas existia a eterna lei da atração
Como a sutil água que corrói a rocha
A semente do destino não mais latente
As cordas cada vez mais harmônicas

Após o fim da auto-obsessão da mente
Prontos enfim para a união dos dois poderes
Decididamente planos surgindo de planos
Um sentimento novo, mas nasceu maduro
Dividimos o mesmo ar que respiramos
Multiplicamos a luz que nos guia
E o céu nos presenteia com a lua cheia


Recife,18 de julho de 2009

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