domingo, 4 de março de 2012
359> NATARAJA
Os guardiões podiam me ver na multidão
Minha mãe me via uma criança
Na porta dos templos a miséria
Na minha cama os sonhos
Na cidade dos palácios reais
A morte nas lanças romanas
A morte por tanta fome
Minhas preces não eram ao acaso
Passos e palavras para sentir-me melhor
Minhas preces não eram para o passado
Mascando fumo na terra
Caminhando entre perdidos
Sem motivos para olhar para trás
A poeira prostituida das religiões
No mais sagrado dos meus lugares
Eu me senti tão Deus
E nós nunca estivemos separados
E todos serão consumados
Ardendo fora dos meus templos
Esmagados por suas consciências
Gravatá,3 de março de 2012
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