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Chittorgarh-India

sexta-feira, 4 de junho de 2010

161> O QUE ELA ESCREVIA

Leio e releio as coisas que ela me escrevia
As vozes através das poucas entrelinhas
Privações e alguns reflexos traumáticos
Seus gritos sozinhos nas infestadas ruas
Vozes que nunca estariam de todo nuas

Era tão real quanto às noites solitárias
Como um pendulo instável e temperamental
Era tão estranho quando se balançava ate mim
Com a típica aspereza do ferro enferrujando
Conte ate três e o pesadelo acaba enfim

Aquelas frases me faziam ver o que ela não via
Aquelas frases me faziam ver quem ela não via
Através de mim a tentativa de saber da outra nela
E quando a resposta estava emergindo em calor
O papel sempre queimava, sempre queimava...


Recife,22 de setembro de 2009

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