Ruas desertas para um
único olhar
Sombras que se movem sem
corpo
O chão úmido e a chuva
fina
Corais não audíveis aos
comuns
Através da terra dos
ventos ascendentes
Sons tão medievais quanto
os instintos
A dama dançava sozinha em
seus sonhos
Um ar de magia brotava das
fontes
A vida era tão breve
quanto intensa
As nuvens moviam-se
rapidamente
A mãe de todas as
tempestades se aproxima
Um velho pergaminho em um
mosteiro
Sabedorias antigas e a
velha relutância
Erros que se repetem em
palavras já ditas
O céu acima e o solo
abaixo sempre assim
Entre eles nossas batalhas
e nossos amores
Nenhum astrolábio nenhum
mapa
Os dias incansáveis drenam
nossa vigor
Tudo tende a estabilidade
da morte
Vim viver as vidas não
vividas
Pensar todos os
pensamentos
Cada respiração e cada
pulso
A mais sublime
improbabilidade
Almas não se cruzam em vão
Algumas cairão perante si
mesmas
Alguns usarão o manto
azul-prateado
E aos que florescerem
nessas auroras
Nos encontraremos no
grande salão
Um brinde a nossa grande
aventura
Três salves a nossa
vitória
Incontestável, Incontestável
Recife, 12 de Junho de 2013
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