Espaços insondáveis
pensamento a fora
Lampejos de tudo que é
primordial
Em nossa condição chamaria
de passado
Os mestres não ousariam
definir
Tudo partiu de um desejo
O ninho foi uma contração
Então as luzes se apagaram
Só por um instante
Tao infinito
Em fim o parto e o
primeiro sopro
E tudo começou a crescer
Ávidos por luz e por
espaço
Ávidos por existir
Assim surgem as primeiras
divisões
E as forças divergentes
Multiplicava-se a criação
Enquanto a luz se atenuava
O éter se travestia de
matéria
A base da pirâmide é
sempre mais pesada
Mas o ápice sempre aponta
para o céu
Melancolia e saudade
escondem-se na alma
Seres mascarados
multiplicam-se em nós
Somos a lua de um planeta
de medo
Ainda sim preferidos
Agora a noite dura mais
que o dia
Com sua escuridão quase tangível
A luz apesar de bela é uma
lembrança
Pálida como nossa razão e
sentido
E os anjos agora são
astros no firmamento
Fragmentados, divididos,
adormecidos
Ensandecidos pela ilusão da
temporalidade
Sob o peso atômico e na
neblina da ignorância
Um segredo reside onde
nada tem acesso
No lugar mais profundo de
nossa essência
Ainda primordial, puro e intocável
A coroa na cabeça dos
profetas
A fonte de toda inveja dos
outros seres
Vibrando a partícula fantasma
e entrelaçada
Velocidade infinita tende
ao instantâneo
É assim que ele a tudo vê
e sabe
E assim retornaremos ao
pensamento inicial
Olhando para dentro para
entender o de fora
Onde todos os lugares são
um só
E onde tudo não tem nome
Nem nunca terá
Recife, 3 de Junho de 2013
Relatividade, mec. quantica, teoria das cordas, teoria-M ... Mas na genesis ainda prefiro a Kabalah e os Vedas .
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