Seres descendentes de toda criação
Habitantes do ar bem mais sutil
Miríade de entes dispersos no éter
Saber se torna a mais sublime tentação
Viver sempre foi a mais bela emoção
Pontes e arcos feitos e desfeitos
O sopro do vento
Aquela musica divina
Um pensamento com aroma de lembrança
Buracos de minhoca da consciência
Navego nesse fluxo infinito
Onde a matéria da a forma
Onde o tempo é uma estrada
Não acredito no solido e nem na solidez
Não acredito em passado, presente e futuro
Mas é maravilhoso vivencia-los
Uns sobem e outros descem
A escadaria se sobrepõe
Uns voam outros caem
Nascimento e morte se encontram
Sempre no mesmo ponto que nunca existiu
Sempre na mesma hora que nunca passou
Gravatá-Pe, 16 de junho de 2012