Sempre fazemos as perguntas erradas
E perguntas só levam a mais perguntas
Muitos foram os que fugiam da noite
Alguns decidiram pelo veludo escarlate
Com todo aquele sangue na lembrança
Aquelas montanhas que nunca vi
Era tão minhas quanto deles
Braços estendidos nos campos
Embriagado pelo perfume de lavanda
Ligado aos acordes frios do Cáucaso
Do deserto eu amava quando o sol caia
Do pólo norte eu amava as auroras
Das estações adorava a linha indefinida
Entre outono e o inverno
Outro sublime caso de amor
Corria e sempre correrei fugindo
Do tempo que resseca a carne
Imobilizando o que antes era móvel
Tudo somente atingível por um sopro
De pensamento que nunca se apaga
Recife,6 de maio de 2010
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