terça-feira, 14 de setembro de 2010
253> DESINTEGRAÇÃO
A amarga historia da grande fração humana
Que chora a morte do que nunca morreu
Pétalas secas desprovidas de seu perfume
As sementes que temiam germinar
Um abraço que nunca foi forte o suficiente
Elétrons que tombam em seu próprio núcleo
A desintegração de todos os princípios
Um ultimo olhar sucumbindo a um gládio
O segundo que perdurará a eternidade
E a eternidade que durou aquele segundo
Vejo minhas mãos e minhas partes próximas
Em um pulso do coração de outubro
Como esquecer os que tombaram ante o amor
Assim como o espaço se curvou
Me curvo reverenciando a estrela guia
Unidos somos a imagem da eternidade
Na existência apagada das memórias
A fria e nebulosa crença da individualidade
Dissolvida em um longo e caloroso beijo
Todos os sentidos captam o real sentido
Tanto tentei mover o que estava imóvel
Que quase parei no tempo do não-tempo
E nunca vi tanto brilho se petrificar
Eis a façanha do nosso grande palco
Onde agora vejo a imensidão da platéia
Recife,14 de setembro de 2010
Tambem postado na Fabrica de Letras
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