terça-feira, 11 de janeiro de 2011
285> A INCERTEZA TRÊMULA
Algo que chega antes da exaustão da mente
Algo que toma as fibras e arrebata a alma
Na mais remota planície restou a contemplação
Típica dos possuidores do lápis da historia
Vertendo alegremente o próprio sangue
Quem virá agora definitivamente nos libertar
Da incerteza trêmula que nos levou a tombar
Alguns séculos depois as lagrimam ainda caem
Singelo pesar soprado pelas vozes do vento
Implícito entre a beleza delicada das flores
E a aspereza da sucessão dos duros invernos
O leque estendido dos mais humanos sentimentos
A minha solidão é filha de uma separação
Que se passou antes mesmo do nascer
E a vida fez-se um outono ainda sem frutos
Vejo candeias no meu tão único caminho
Fora dele memórias e faces desfocadas
Pelos anos no escuro labirinto
As velas delineiam a sombra dos lobos
Vitimando os que os fazem existir
Pois ao castelo escolheram o covil...
E que não seja o dragão o meu guia.
Recife,11 de Janeiro de 2011
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