segunda-feira, 5 de março de 2012
360> HORIZONTE FLAMEJANTE
O vento sopra no horizonte flamejante
Fala de sonhos vividos ou não vividos
Vem do passado para o presente
Pois não existe futuro
E tudo silencia
Poeira encobre o sol que foi feito de poeira
A palavra magicamente permanece
Assim como foi dita
O corpo estremece
A mente amadurece
Pois as lagrimas a muito secaram
E só os cactos ainda florescem
Onde a noite nunca desce
Enterrem-me acima da terra
Amarela, quente e ressequida
Assim como esses anos de vida sem sonhos
Onde a vida é o único desejo
Tão eficaz e tão feliz
O que Brahma fez Shiva levou
O que sou o que fui não importa
Agradeço por ter estado aqui
Seja eu ou minha memoria
Deserto de Thar, fevereiro de 2012
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