As nuvens avançam no céu como aquarelas moveis
Tambores marciais juntam-se a um piano sublime
Nisso um beija-flor verde apresenta-se no ar
Sete giros eu dei envolta da verdade multifacetada
Sete foram as cores daquele distante prisma
Fui pedra, fui planta e se fui animal hoje sou humano
Tudo impulsionado pela saudade e pelos códigos
Não sei ao certo o que serei depois, mas serei
Aqui vim para sentir a água correr em minha pele
Aqui fui trazido para fazer o caminho de volta
Olho para o céu e vejo bilhões de olhares atentos
Olho para o chão e vejo bilhões de almas sedentas
A inesperada visita de uma alma recuperada
Vejo que tudo se regenera e brilha novamente
As luzes só apagam para as estradas serem desfeitas
E se acedem para serem novamente refeitas
E tudo pulsa nesse compasso ditado na origem
Do ponto mais alto um pássaro cantava
Pesquei em águas escuras um bagre e deste fiz dois
E certa noite pude ver através das cascas das nozes
Recife(astral),25 de julho de 2010
Foi, é e sempre será ...
Também postado na Fabrica de Letras
domingo, 25 de julho de 2010
228> SONHOS DE INFÂNCIA
Por todos os anéis que deixei nas mãos de minha mãe
Não me diga, por favor, para dormir mais cedo
Era quando eles vinham atravessando as paredes
As ultimas cobranças de um passado remoto
Me acorde, por favor,
Os anos foram passando como os sonhos bélicos
Redes onde não se podia mover-se ou falar
As sirenes silenciaram nos últimos stukas
Os panzers não vibram mais o chão sob meus pés
Aos magos orgulhosos as portas foram fechadas
Subia lentamente com aqueles do mesmo sangue
Os leões esperam ansiosos acima da colina
As grades desprotegidas e a grande resignação
Quem era aquela mulher que a tudo velava?
Vejam a visão de um vale de chamas frias
Recife,25 de julho de 2010
Não me diga, por favor, para dormir mais cedo
Era quando eles vinham atravessando as paredes
As ultimas cobranças de um passado remoto
Me acorde, por favor,
Os anos foram passando como os sonhos bélicos
Redes onde não se podia mover-se ou falar
As sirenes silenciaram nos últimos stukas
Os panzers não vibram mais o chão sob meus pés
Aos magos orgulhosos as portas foram fechadas
Subia lentamente com aqueles do mesmo sangue
Os leões esperam ansiosos acima da colina
As grades desprotegidas e a grande resignação
Quem era aquela mulher que a tudo velava?
Vejam a visão de um vale de chamas frias
Recife,25 de julho de 2010
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