Gostava de bailar com as vestes ao vento
Um piso de mármore em formato xadrez
Delineava abruptamente a fronteira da relva
E ali se dava os mais serenes encontros
Naquele tabuleiro com pilastras nos cantos
Então se sente e ouça a sinfonia das harpas
Uma gargalhada feminina e uma taça caída
Um néctar escarlate rompeu o bi-cromatico
E na fenda pude ver os rios e vales abaixo
Imediatamente o vento selou a abertura
Um pássaro de luz vibrante se mostrou
Às vezes parecia só um foco incandescente
Seu sonoro canto causou profundo silencio
Eis o bem chegado mensageiro do sol
Gire o mundo que gira ao seu redor
No fim da madrugada tudo esta desfeito
A atmosfera agita os pessegueiros
Nós iremos mais uma vez mergulhar
Na parte mais densa desta existência
Para depois voltar ao Jardim dos Ventos
Recife,13 de julho de 2010
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