quarta-feira, 8 de setembro de 2010
249> BORBOLETA AZUL
Quem graciosamente se movia no ar
Mil jardins, mas apenas um floria
E seus olhos vicejavam sua energia
E nesse mundo sua outra face delicada
Eu quis parar aquela noite por medo
Mas as estrelas brilhavam mais que aquelas luzes
E o destino nada deve aos tementes
E nos olhos implanta suas sementes
E eu fechei meus olhos e vi um mundo maravilhoso
Linhas retas e curvas e ela adormeceu
Velei seu sono por toda noite
Por toda noite
Voando cegos noite a fora não importava
Rimos dos trovoes que nos feririam
Seus relâmpagos nos uniriam de toda forma
O inverno espreitava como um predador
Implacável, esperado e soberbo
O frio soprou as lembranças da realidade
Confuso com o vendaval que te afastava
Ferida como a borboleta azul que não migrou
Era a minha queda ou ve-la com asas partidas
Ela nunca soube como fiquei feliz
Ve-la deixar toda essa provação para trás
Ela nunca soube o quanto me doeu
Ve-la partir para longe do meu jardim
O silencio, a dor e a inevitável queda
Ou tudo isso foi apenas um sonho
Azul celeste inevitavelmente belo
Voa ao longe e voa para longe
Não olha para dentro de si para não me ver
Um dia novamente trocaremos de estação
E o corpo cairá no chão como uma veste
E o de dentro virá para fora
Então os jardins só terão primaveras
Para ela voar
Recife,8 de setembro de 2010
Dedicado a Fernanda Gomes Freire
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Também postado na Fabrica de Letras
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Como gosto deste poema! Fez-me sonhar e viver cada momento da borboleta azul, que metaforicamente é o ser amado.
ResponderExcluirBela participação! Esse poema é fantástico!
ResponderExcluirAbraços renovados!
Olá, Ronilson
ResponderExcluirQuando os jardins forem pura primavera... tudo vai ser melhor...
Abraços fraternos de paz e ternura.
Muito linda!bjs
ResponderExcluirDr.Ronilson, saudações fraternas de seu formal amigo.
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