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Chittorgarh-India

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

280> OS COMPANHEIROS COM MANTO DE LÃ


O silencio tem vozes que vem de dentro
A essência e o sabor da verdadeira pureza
Na calada dos séculos vem com os profetas
Esvaziando a ânfora das intimas angustias
Face e pele são agora uma casca ressecada

Os naturais se tornaram estranhos ao mundo
Porque a febre do possuir não os possui
Já que todas as estradas sempre se unem
Assim como os desejos sempre desagregam
A noite ainda é escura assim como foi criada

É fato que a estamos sempre buscando
Não importa se já o temos
A uns se deve dar e a outros retirar
Mas a todos se deve equilibrar
E tudo segue sua própria natureza

Eu ainda sou eu, mas logo serei você
E assim que você for tudo será eu
Basta sermos como os cães
A verdade só se reflete se for verdade
A realidade manifesta uma só vontade


Recife,29 de novembro de 2010
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