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Chittorgarh-India

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

250> FOME E SEDE DE JUSTIÇA


Vive-se no limiar do que não pode se entender
Julgamentos sobre o prisma enevoado da mente
Em nome de crenças que julgam crer
Evocando seres que nunca serão
É chegada a hora da execução
Aplausos, aplausos
Fúteis
Abutres mais carniceiros que seus pares alados

Um fluxo constante nos grilhões partidos
A força da lei e a claridade da luz
E as criações desfazem-se em minhas mãos
Todo o sentido perdido nos sentidos humanos
Em seus tronos vejo o lodo espesso da vaidade
Onde se perdeu vossos corações?
Onde se espalhou vossa razão?

Animalescas formas que vejo nos homens.
Pachacuté salve-nos do inframundo!
Mas o condor a tudo observa
E um dia o puma será imune as víboras
E um dia o sangue não será um premio
A dor não mais purgará
Os sonhos não serão mais sonhos
E no fim tudo será inicio


Recife(astral),09 de setembro de 2010

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