ECOS

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Chittorgarh-India

domingo, 16 de outubro de 2011

343> PERGAMINHO INSONDÁVEL


Refazendo agora os antigos caminhos
Entre os destroços de antigos sonhos
Caminhando com as sombras moveis
Presentes da luz imponente de um luar
Penso qual a chama acesa nessa distancia
Qual foco ilumina aquelas cruzes
Que som reverbera aquelas vozes

Assim que o cinzel mastigar a pedra
Verei o brilho evidente do mármore
Levantei feliz para receber a visita
No castelo em que outrora fui sufocado
O mesmo pânico na lenta subida
Como sonhei fugir em um cavalo alado

Sereno como o mar na maré vazia
Pronto para as novas tempestades
Deixo minhas obrigações à beira mar
Sigo a noite em seu veludo negro
Ate os que nunca me esqueceram
Ate as respostas que nunca terei
Castelos não plenamente materiais

Na terra das bruxas as batalhas
Sangue que não ofereci em vão
Confundo solidão com estar só
Mas aqueles olhos são inconfundíveis
Um pergaminho escrito em sensações
Oculto na vibração insondável da alma


Recife,16 de Outubro de 2011