Olho para trás, mas o passado estava à frente
As sinuosidades sempre serão quase iguais
Espatifado após o grande encontro consigo
Usando o falho tato ao caminhar no escuro
Embriagados em lembranças inexistentes...
Procurou pelo filho, mas ainda era filho
Chorava barganhando sínicos sorrisos
Sempre o equilibrista de mundos fictícios
Mas já era tarde e chuva se aproxima
Entre e venha aquecer nossa dor
E se eu mantivesse a esperança,
Vendo a luz abandonar minha janela?
Mas o sol nem sempre vem no verão
E como um desprevenido na rua
Sou tomado por aqueles ventos
Com a alma varrida e solitária
Nu em pensamentos e idéias
Não me entregarei mais uma vez
Vendo os acontecimentos do meu tempo
Prefiro a chuva em minha face
Recife,7 de julho de 2010 (conclusão)
Tambem postado na Fabrica de Letras
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