quinta-feira, 14 de outubro de 2010
266> MARIPOSAS VISCERAIS
A primavera não acabou, mas já passou
Assim breve, sem flores e sem lagrimas
Por todos os cristais dos meus bolsos
Meu sangue nas entranhas dos insetos
Pequenos Judas alados para culpar
Neste jardim o sol sempre se põe no ocidente
E as sombras não pairam no fim de tudo
Agora uma cerca divide meu outubro
A expressão separada de um olhar incipiente
Vestidos e ornamentos dourados no ébano
Que vá em paz vidente do fim do mundo
Que fique em paz com o ouvinte surdo
Quem espera tem os séculos para esperar
Quem nada espera nunca terá outro engano
Uma mariposa repousa sobre a luz
Cartas escritas sobre a mesa escura
A linha da face não mais atenuada
O destino sempre exerce sua vontade
Recife,14 de outubro de 2010
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