Castelos cristalinos que
fui privado
Estrelas que me falam em
silencio
Da saudade velada em
melancolia
Impressa na memoria da
infância
A marca invisível que
carrego
Ligação instantânea e
intermitente
Salta a alma em lembranças
imprecisas
Aroma de outrora
Campos e jardins
Risos infantis
Alva senhora
E brevemente tudo perde
definição
Um fruto que não é deste
pomar
Aos outros a doçura
Ao próprio fruto a solidão
Arco, espada, lança e
tridente
As armas divinas e suas
potencias
Sol na lua e lua no sol
Eis minha arma
E minha vergonha
Sou o segredo de Pandora
dos que já se foram
Presenteado aos que aqui
ficaram
Preparando os novos tempos
que virão
Quantos realmente podem
ver os corações?
Quem mais fareja as trevas?
Afinal este recipiente
pode me conter?
Quando em fim vou morrer?
Mas não se responde uma
pergunta com outra
Assim se diz no oriente
luminoso
Assim este é o meu destino
Como é o de todo exilado
Retornar
Em uma estrada de luz,
sorrisos e perdão
A única possível entre
nossos mundos
Recife , 8 de Novembro de 2012
Foto : Margem de Ganga (Ganges), Varanasi-India , arquivo pessoal .
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