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Chittorgarh-India

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

389> SOBRE O FIM DE UM TEMPO



Telas pintadas para seus descendentes
Falsas historias de amor em livros
Prateleiras cheias de palavras vazias
Onde esta o chão onde eu andava?
Quem mais aceitará minhas perdas?
Eu conheci a mim mesmo
Todos estavam errados
E nos meus devaneios fui flagrado
A lua se invertia no céu escuro
Meu coração se afogava no peito
Noite que se derramou em um leito frio
A visita inusitada e as canções do passado
Rajadas de conflitos íntimos
Alguém disse que não era o fim do mundo
Mas era sim o fim do nosso mundo
As casas que moraríamos, desmoronando
Cidades que iriamos, destruídas
Pessoas que conheceríamos, padecendo
Gargalhadas silenciando
Beijos secando
Bussolas girando, girando
Prefacio de um livro em branco
Nada importa mais
Tudo é esquecimento


Recife, 4 de Outubro(3 de Maio) de 2012

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