quarta-feira, 16 de novembro de 2011
347> POVO DE LÁ
Nuvem que passa cheia de sonhos
Aurora que teima em recomeçar
Fios que nos ligam a nós mesmos
Dia e noite sem fim até o fim
Gigante no ar e gigante na terra
Sempre a girar a roda de prece
A roda da vida
Um mosteiro na mesma avenida
Se um dia fui, pouco me lembro
Que um dia irei tenho certeza
Vinho e velas no solitário mármore
Defina-se cão, fiel ou sanguinário ?
Abram o portão e deem passagem
Pois o lado daqui é escuro
Documentos não conheço no lado de lá
Onde todos se definem no olhar
Recife,16 de Novembro de 2011
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Ah, esse lugar onde todos se definem pelo olhar... A eloquência do silêncio e o reconhecimento no lugar de encontros.
ResponderExcluirBelo poema!